Sou obrigado, neste inicio de 2025, voltar novamente minha indignação com respeito ao desperdício, em especial de alimentos.
No mundo ainda passam fome 733 milhões de seres humanos. Este número assustador se mantém há anos.
No Brasil, mesmo com uma diminuição de quase 7% ainda há 14 milhões de famintos.
O desperdicio de alimentos é um elemento fomentador da insegurança alimentar no mundo e talvez os dados reais do Brasil sejam mais alarmantes.
Não se trata apenas dos casos que citei no primeiro artigo, como os grãos perdidos da lavoura até seu destino. A comida que é jogada no lixo nas casas e nos restaurantes, é uma série de outras questões como olhar o alimento pela aparência, deixar de ir com mais frequência ao mercado, cuidar da validade, não aproveitar promoções.
O reaproveitamento das sobras poderia gerar novas receitas, quem negaria um bom bolinho de arroz, com algum condimento a mais?
Lembrando que dois pratos nossos como a feijoada e o mocotó são feitos do que seriam "restos".
No Rio Grande do Sul tudo é pior, pois desde os tempos de prear gado, se aproveitava o couro e o resto era alimento para os corvos.
Quem faz compostagem? Quem usa para adubar? Alimentar animais?
Mais fácil é ir tudo para o lixão.
Neste sentido, os catadores por sua vez na busca pelos resíduos sólidos cumprem uma função que não acontece com o lixo orgânico.
Eu já disse e repito: quanto tempo vamos conviver com isso?
E lembrei que nas eleições este tema não frequentou a plataforma dos candidatos.
Mais um recado dado, agora vamos aos leitores.
Adeli Sell é professor, escritor, bacharel em Direito
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