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Ei, cuidado! O golpe (digital) tá aí!

Na data de 30 de novembro de 2022, reportagem veiculada em mídia gaúcha noticiou a operação da polícia riograndense no Estado de São Paulo a respeito de um grupo criminoso que subtraiu mais de quatro milhões de Reais das contas bancárias de moradores da região metropolitana do sul do País.

O golpe consistiu em contato prévio realizado com as vítimas que eram informadas que suas contas teriam sido invadidas, clonadas ou que simplesmente havia movimentações suspeitas; após, as vítimas eram convencidas a instalar aplicativos que permitiam o controle das contas pelos criminosos.

Policiais do RS e SP durante operação "Linha Cruzada" | Polícia Civil RS / Divulgação


Com efeito, o avanço tecnológico democratizou a facilidade para alguns públicos que antes eram negligenciados no sistema financeiro dos bancos. Nunca foi tão fácil abrir uma conta; transações financeiras fizeram-se instantâneas; o crédito tornou-se acessível como em um passe de mágica (claro que casado com altos juros e pormenores escondidos nas "letras miúdas").

Essa revolução digital no trato com o dinheiro chamou a atenção de velhos conhecidos das bancadas criminais, estelionatários e aproveitadores sempre estão um passo à frente quando o assunto é tomar vantagens.

A camada social que foi inundada com as facilidades digitais não estava preparada para lidar com a quantidade de informações e armadilhas que vieram a tira colo, assim como o próprio Estado se deparou com enormes dificuldades em garantir a blindagem dos cidadãos menos favorecidos que são preferencialmente o alvo de criminosos.

Os golpes envolvendo a utilização de agentes digitais cresce no mesmo passo que instituições financeiras proliferam nas timelines de mídias sociais, bombardeando os usuários de dispositivos móveis com ofertas e promessas.

De olho nesse mercado, o crime viu na utilização de aplicativos maliciosos um ativo para angariar renda ilegal, como no caso antes citado.

É fato que temos de conviver com esses perigos, é o preço do avanço de uma sociedade.

Todavia, é necessário cercar-se de alguns cuidados para não acabar como mais um número nessa estatística.

Uma dica que se pode ter em conta é, tome muito cuidado com qualquer tipo de contato supostamente efetuado pelo seu agente financeiro.

Nesse ponto, cabe mencionar a instalação de aplicativos para resolver situações bancárias; nesses aplicativos estão o que se chama de “Cavalo de Troia”, é por meio deles que os criminosos têm acesso aos seus dados e podem promover uma verdadeira “limpa” na sua conta.

Outra circunstância com que se deve ter precaução é com as ligações telefônicos para ditas “centrais” de resolução de problemas. Os golpes também se valem desse estratagema para colocar a vítima em uma situação de vulnerabilidade.

Importante mencionar, outrossim, o vazamento de dados pessoais por pessoas ligadas às instituições bancárias que fornecem suporte aos meliantes e viabilizam a escolha das vítimas, preferencialmente, aquelas com menor grau de instrução, beneficiárias de auxílios governamentais e idosos. Em comum, essa parcela da população tem a falta de intimidade com o mundo digital que lhes confere a condição ideal para serem atacadas.

Então, se você, por uma infelicidade, foi vítima desse golpe, a primeira atitude a se tomar é o registro da ocorrência, seja pessoalmente em uma delegacia, seja por meio do atendimento policial digital disponibilizado. Concomitantemente, é vital que essa situação chegue até o banco.

O próximo passo é você buscar auxílio jurídico com um advogado ou, caso não tenha condições financeiras de fazê-lo, procurar a Defensoria Pública, visando auxiliar a investigação e evitar maiores prejuízos.


Andriele Dall'Agnol e Giuliano Pahim – Escritório Dall'Pahim Advogados.

E-mail: pahimvianna@gmail.com WhatsApp: 51 992298686

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