– Bom dia! - Espreguiça-se Ana, com um sorriso largo iluminando o seu rosto.
– Como pode melhorar? Quais as infinitas possibilidades para um dia de plenitude universo? Gratidão por me permitir um novo amanhecer.
Assim, desperta Ana naquele dia. Será um dia qualquer? Um dia Especial? O que mudou de ontem para hoje? Questiona-se, após o seu despertar.
Durante o café, ao se perder no horizonte, percebe que não é porque mudou o ano que as situações e sentimentos se modificam. Ou nos modificamos, internamente, ou nada feito.
Partindo desta reflexão, lanço a questão para a querida leitora, querido leitor. Quantas vezes ao chegar no final do ano, nos prometemos que no ano seguinte determinadas mudanças ocorrerão. Quantas e quantas vezes, na finaleira do ano seguinte, fazemos os mesmos compromissos?
Então, basta mudar o ano?
A mudança é um ato que parte de dento de nós. Não adianta nos comprometermos, após uma análise e não construirmos base para a transformação. Aliás, muitos dos compromissos são feitos diante de fortes emoções...
Aí, será que, verdadeiramente, atingimos aqueles pontos que pensávamos ser objetivos?
Mas, é claro, que muitas pessoas, partindo da reflexão e constatação da necessidade de algumas modificações, vão atrás de possibilidades que fortalecem e estruturam as mudanças. Toda a transformação necessita de percepção aguçada e empenho, força que impulsiona a mudança.
Pode levar um tempo que está para além do cronômetro... Eis a questão... Respiração... paciência... aprendizagem frente aos sentimentos que surgem.
2024 foi um ano difícil para muitos de nós. Um ano que revolveu as nossas entranhas e fez, mais uma vez, com que nos deparássemos com o melhor e pior de nós. O espelho que insistiu em nos encarar... Até podemos ter tentado desviar o olhar, mas ele permaneceu ali, à espreita, nos encarando.
O que fizemos em 2024? Com o que nos envolvemos? O que foi bom? O que foi difícil? Quais as lições pelas quais passamos? O que aprendemos? Aliás, aprendemos?
É bem verdade que muitos de nós não víamos a hora de 2024 dar adeus, na doce ilusão que terminando o ano, finalizaria toda e qualquer situação difícil. Mas ao despertar na manhã do dia primeiro de 2025, encaramos a realidade, sem mágica da noite. A carruagem permanecia sendo uma abóbora... Na sociedade líquida, que tantas vezes, comentamos por aqui, escorrega entre os dedos das mãos absolutamente tudo ou não escorrega o que está no nosso íntimo...
O quanto nos possibilitamos experimentar a nossa caminhada como um aprendiz diante do seu Mestre? E, o que entendemos por Mestre? Como compreendemos a Existência? Bah! Questões profundas para a primeira crônica de 2025.
Mas, quem sabe as perguntas possam ser motrizes que nos impulsionam a organizar um ano com possibilidades de melhoria de vida? O que será viável?
Aliás, quais perguntam instigam a sua Alma? Há questões que lhe movem para algum lugar? Quais são os desejos que estão no seu íntimo? São somente materiais? São sobre evolução emocional, espiritual? Uma dica: se os seus desejos são somente ou, prioritariamente, materiais, temos problemas. Por quê? Ah! Deixo para a sua reflexão!
Nesta semana, tive a oportunidade de visitar um grande amigo junto com a minha mãe. Daqueles passeios que são um vigor para a Alma. Conversa que dissolve qualquer nuvenzinha acinzentada e revigora o sol. Principalmente, quando surpresas acontecem.
Como é bacana quando encontramos Pessoas que nos acolhem, nos mostram o quanto estão felizes com a nossa presença e vivem em Gratidão!!! Faz toda a diferença. Inclusive para refletirmos sobre como acolhemos quem se aproxima de nós e o quanto somos Gratos. Passeamos por lugares maravilhosos, de uma natureza excepcional e que nos permitiu sentirmos o quanto Gaia é Divina e que somos uma das células do Universo.
Bah! Muito interessante esta sensação... Ser célula do Universo... Ser partícula da Divindade.
2025 iniciou com muitas dificuldades, as quais nem me atrevo a desenrolar o rosário, pois é assunto para infinitas reflexões... desde bolo envenenado a incêndio nos EUA, sem esquecer das guerras e outros tantos desastres. Mas há esperanças. Desde o troféu de melhor atriz no Globo de Ouro para Fernanda Montenegro, digo, Torres (a troca foi proposital e devem imaginar os motivos, já que são alguns) aos pequenos – grandes milagres que um passeio pode proporcionar.
Finalizo a crônica com a frase que Pd. Chico disse enquanto dirigia e minha amada mãe me perguntava se o passeio iria se transformar em crônica: “Tanto quanto possível meus olhos alcançar, vislumbrou o meu coração”. Ele pediu que fosse o início da crônica, mas escolhi ser o final, pois desejo que todas, todos, todes nós possamos ter olhos de águia não somente para Enxergar o infinito externo, mas Enxergar a imensidão interna, pois assim o nosso Coração pode vislumbrar infinitas Possibilidade de Ser, nos conectando, verdadeiramente, à Alma.
Gratidão Pd Chico por todas as Aprendizagens! Gratidão querida mãe, pelo desejo de ler na crônica, mais uma das nossas aventuras!
Que Sejamos Luz, Paz, Sabedoria e Humanidade!
Patricia Ziani Benites
Psicóloga e escritora
Autora dos livros Tocando o Coração - Enxergando a Alma, Em busca da Alma perdida e Crônicas da Existência Vol I
Canal Youtube: Tocando o Coração Enxergando a Alma
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