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Pitacos da Semana

Certeza

A escalada da violência política no Brasil é algo sem precedentes. Dia desses, pensei em colocar na sacada de casa uma toalha (vermelha) de um determinado candidato. Retrocedi, por medo de meu carro ter o vidro quebrado, a casa pichada, tomar um soco ou algo do gênero. Normalizamos a violência política, essa é a verdade. Desde o assassinato de Marielle Franco alguma coisa se rompeu: não só a ameaça, mas também a possibilidade do crime puramente político-ideológico começou a rondar as nossas consciências. E está piorando, conforme as eleições se aproximam. Em paralelo, nesta semana as Forças Armadas admitiram que não tem controle sobre quantas pessoas possuem armamentos no Brasil. A verdade é que tem gente lunática, desesperada, desequilibrada com arma na mão. Como alguém pode acreditar que isso pode nos transformar em um país melhor?


Rua Olavo de Carvalho

Só Porto Alegre mesmo para aprovar que um de seus logradouros homenageie uma pessoa da estirpe de Olavo de Carvalho. Filósofo? Não, muito longe disso: vigarista. A discussão que se espera para a denominação de nossas ruas precisa ter um caráter reflexivo - mudar ou não mudar?, por exemplo – e não um retrocesso de homenagear um terraplanista que é um dos responsáveis diretos pela construção ideológica que hoje assola o país. É uma vergonha. Ou melhor: uma verdadeira façanha.


Rei

Príncipe Charles, ou melhor, Rei Charles III (como é difícil escrever isso sem parecer estar redigindo um material didático de história) tem demonstrado uma imensa irritação como quaisquer tarefas do cotidiano. Dia desses se irritou com um objeto em cima de uma mesa. Incapaz de tirá-lo dali, pediu grosseiramente a um “súdito” que resolvesse a situação. Comportamento mimado e justificável para um país que sempre teve colônias a seus pés.


Aliás

Quem mandou matar Marielle Franco?



Cristiano Fretta é escritor, professor e músico

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