Nem o frio nem a chuva fina da última quinta-feira, dia 23 ao meio-dia, impediram a manifestação que reuniu usuários e pacientes que recorrem ao atendimento do Postão do IAPI, representantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre e de outras entidades. Foi um ato de protesto contra o projeto de terceirização desta unidade de saúde, uma iniciativa do atual prefeito Sebastião Melo (MDB).
Localizado há décadas na Zona Norte da Capital, "que o Postão continue público e com qualidade", defenderam sindicalistas, políticos, funcionários e representantes dos usuários. Também foram denunciados os prejuízos à população que já estão ocorrendo em outras unidades de Saúde, como é o caso do Postão da Bom Jesus, cujas filas aumentaram, o atendimento é demorado e há falta de médicos e outros profissionais.
Com terceirização ou privatização proposta por Melo, há o risco de não serem mantidos os atendimentos de pediatras e ginecologistas, por exemplo. A privatização do Postão do IAPI tem previsão para janeiro de 2023, porém, há o temor de que possa ocorrer antes disso, devido às eleições de outubro deste ano.
Uma das grandes conquistas da mobilização popular que atua na elaboração da Constituição Federal de 1988, conforme o artigo 196:
“A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais que visem à redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Foi a criado o Sistema Único de Saúde (SUS). Um projeto que atendia à saúde de todos os brasileiros de forma gratuita, ou seja, recursos vindos dos impostos cobrados no País revertendo na qualidade e universalidade da população brasileira. A NOSSA LUTA É TODO DIA, SAÚDE NÃO É MERCADORIA, dizia uma das faixas.
José Weis é jornalista e torcedor do São José
Imagens: Imprensa SIMPA
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