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Sair da crise, melhorar de vida (ainda) passa pela educação!



O nosso país entrou em crise econômica faz algum tempo, antes ainda da pandemia e a COVID - 19 só agravou essa situação. Na verdade, foi a imperícia, irresponsabilidade e incompetência dos dois últimos governos nacionais. Situação extremamente agravada pelo negacionismo genocida do miliciano ocupante da cadeira presidencial que largou o povo à própria sorte. Agora, na boca da eleição, corre para distribuir migalhas, na esperança de enganar os incautos. A fome assola milhares de brasileiros. A subalimentação outros tantos milhões. O desemprego acossa as famílias e o subemprego, o trabalho informal e extremamente precarizado deixam o povo numa situação desesperadora. Os governantes da atualidade, tanto em nível federal, estadual e municipal, só falam em cortar gastos. Que, traduzindo em nosso bom português, significa: hospitais e postos precários onde falta médico, enfermeiros, e sobra desespero e mortes desnecessárias. Escolas sucateadas, transporte público caro e ruim, entre tantos outros serviços públicos suprimidos. Mas, o povão segue pagando impostos diretos e indiretos cada vez com carga tributária mais pesada. A mesma classe trabalhadora, que produz a riqueza, consome e paga tributos pesadíssimos é a que tem seus direitos sonegados por governantes corruptos e comprometidos com os setores da sociedade mais abastados.

Pois bem, e sobre o título do texto? Ora, a educação ainda é ferramenta fundamental, seja pela escolarização, seja pelo potencial esclarecedor e de tomada de consciência daquelas e daqueles que voltam aos bancos escolares, para uma melhoria de vida. Para uma melhora salarial. Vide as pesquisas que regularmente são feitas e divulgadas pelos órgãos e institutos que se dedicam a tal assunto. Quanto mais anos de estudo, mais e melhor remuneração o indivíduo obtém. A ascensão profissional passa pela escolarização, mas não só por essa. É bom que as pessoas comecem a se dar conta que, o interessante para seu futuro é escolarização com qualidade no processo de formação, no processo de ensino-aprendizagem que é que faz o diferencial. Por isso, toda a grita e justa mobilização em defesa da escola pública e gratuita de qualidade para crianças e adolescentes. Por isso, toda a luta por Educação de Jovens e Adultos (a EJA) de qualidade, pública e gratuita para que os jovens e adultos que não conseguiram concluir os estudos na idade adequada possam fazer na EJA e nos NEEJAs. A oferta de EJA nas escolas regulares, nos bairros de periferia da nossa capital e região metropolitana, o fortalecimento dos Núcleos de Educação, os NEEJAs, espalhados estrategicamente, na cidade, oportunizando aos jovens e adultos acesso aos estudos, próximo de seus locais de trabalho e em horários flexíveis devem servir de modelo aos políticos que nesses próximos 40 e poucos dias irão buscar o voto das trabalhadoras e da juventude subempregada. Para as crianças e adolescentes, uma escola pública de qualidade, com infraestrutura igual ou melhor do que o Palácio Piratini, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça. Para os Jovens e Adultos idem. E, escola pública de qualidade passa por valorização das professoras e funcionárias de escola. Prédios com boa infraestrutura e, diante do agravamento da crise socioeconômica, os candidatos precisam pensar e falar e assinar em seus programas de governo, em segurança alimentar (conforme já se expressou um candidato ao governo do estado, toda criança e adolescente poderá tomar café e almoçar se quiser, na escola - já é um avanço) para as crianças, adolescentes e inclusive para os jovens e adultos da EJA e dos NEEJAs. Bem como, transporte escolar de qualidade ou passe livre, bolsa permanência e também articular a formação técnica de qualidade para adolescentes, jovens e adultos, em parceria com os Institutos Federais e as Universidades públicas.

Acreditamos que, com essas contribuições mínimas, podemos pensar na Educação como uma porta para o futuro e uma saída da crise social, econômica e da vergonha da fome que, sob o governo do genocida, voltou com força total vergonhosamente.

Seguimos acreditando na educação e no nosso povo lutador!


Sílvio Alexandre é professor no NEEJA Paulo Freire

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