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Transformação...

Ao me preparar para escrever a crônica deste mês, alguns assuntos pipocaram de uma forma mais intensa dentro de mim. As dificuldades pelas quais estamos atravessando são tão intensas que parecem nunca dar trégua.

Mas a gente Resiste e Insiste.

Parece que o mundo virou do avesso e a gente fica tentando recolocar em algum lugar para a tontura passar. Só que não, como alguns dizem.

Me pergunto como sair do rodopio que continuamos vivendo.

Claro, para algumas pessoas, tudo certo. Poucas ou nenhuma mudança. Mas para tantas outras são dias intermináveis que continuam marcando a nossa Existência, nos dizendo que algo mudou.

Não é só a paisagem que está diferente. O clima, as conversas, o que é importante e o que não faz mais sentido.

Bah! Precisamos arrancar das nossas entranhas Forças que nem sempre sabemos que temos.

Quando olho para trás, relembro o que falei muitas e muitas vezes de que olhar demais para o passado pode dar torcicolo. Assim, procuro não me alongar nas lembranças, mas simplesmente sorvê-las como uma possibilidade de aprendizagem.

O que mais me entristece é que parece que nem todas as lições, aprendemos. Já não basta o rodopio das situações, ainda estamos ganhando uma notinha ruim e, talvez, teremos que repetir a dose. Puxa! Aí a porca terá que ter mais de um rabo para torcer!

Vocês já se sentiram assim? Como resolveram? O que fizeram para ficar melhores? Eis as questões.

A Existência é feita de momentos. Cada vez mais, entendo isto. É fugaz e instantânea.

Nos resta, aceitar. Mas vou confessar que, nem sempre, é um processo simples.

Além de todos os problemas já compartilhados nas crônicas anteriores, resultante do desastre que o RS atravessou, que colhe e continuará  colhendo frutos por muito tempo, a literatura do RS se despediu de duas pessoas talentosíssimas, que resolveram espalhar a sua criatividade e sagacidade em outros espaços: Cristiane Loff, editora fenomenal, criativa, perspicaz, acolhedora, que compreendia como ninguém o que o escritor desejava com os seus livros e, Doralino Souza da Rosa, um escritor e ativador da cultura que colocou o Vale do Paranhana no cenário da literatura não somente através dos seus livros, mas também, por meio da Revista Paranhana Literário.

Eita! Duas pessoas que deixaram a sua marca. Nos ensinaram e nos deixaram, mostrando o quanto a Existência é efêmera.

Talvez, vocês, caras leitoras e leitores, também lembrem de outras pessoas que fazem sentido para vocês, mas que se despediram e seguiram um outro caminho.

Todas estas situações nos colocam questões que podem nos Fortalecer ou simplesmente, nos deixar, entristecidos e desesperançosos. A forma como vamos assimilando o processo é essencial.

Nem sempre é possível atravessar a correnteza sozinhos. Às vezes vamos necessitar de apoio, de uma rede de proteção. Vamos precisar encontrar caminhos que nos impulsionam à qualidade de vida, como as práticas integrativas e complementares. Podemos necessitar de medicação, essências, homeopatia.

Mas, muito importante, é sabermos que vai passar.

Durante a nossa caminhada, várias situações se descortinam. Algumas são Fortaleza pura, pois nos deixam radiantes, outras nem tanto. Nos cabe, sentir, tentar aprender a lição e seguir, pois algumas nos tiram o chão.

O tombo pode deixar desde leves aranhões até feridas profundas. Consequentemente os curativos são diferentes.

Quantas reflexões! Muitas vezes, necessitamos do silêncio para organizar o tanto que ficou bagunçado. E, precisamos de abraços. Podemos necessitar de palavras, mas muitas vezes, o ombro amigo dá o bálsamo necessário para irmos construindo a Força necessária para a superação.

Então, quais situações que vivenciaste que te tiraram o chão? Tiveste alguns machucados ou tens passado ileso pela Existência? Como superaste os momentos difíceis? Te sentiste apoiada/o ou foste buscar somente a tua Força para te levantar?

Infinitas Possibilidades. Isto é essencial para qualquer superação.

Quando estamos atravessando um período complicado, a única certeza que precisamos ter é que há infinitas Possibilidades. Isto reforça a Esperança e nos impulsiona a melhorar.

Um dia de cada vez. Lembrei até de um filme antigo, onde o terapeuta dizia para o seu cliente “passinhos de bebê”, como forma de ir aprendendo a lidar com uma dificuldade.

O fato é, na efemeridade da Existência, precisamos aprender a viver o hoje. Não como se não houvesse amanhã, mas como a marca da presença nesta realidade. Um dia não estaremos mais aqui e pessoas que amamos serão feixes de Luz pelo céu. Assim, aproveitar cada momento, deixar de lado rusgas sem sentido, dizer o quanto amamos aos nossos amigos, família, é fundamental.

Tudo que passamos só faz sentido quando pudemos Despertar o melhor em nós e instigar o melhor nas relações e no Planeta Gaia.

Me despeço, desejando que sejamos Luz, Paz, Resiliência e Sabedoria!



Patricia Ziani Benite

Psicóloga e escritora

Autora dos livros Tocando o Coração - Enxergando a Alma e Em busca da Alma perdida 

Canal Youtube: Tocando o Coração Enxergando a Alma

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