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Visitando o Centro Histórico - Mercado Público

O Zona Norte Jornal iniciou, na semana passada, uma nova séria de artigos “Visitando o Centro Histórico”, a fim de dar indicações aos moradores da Zona Norte da capital conhecerem mais e melhor a sua cidade, em especial o seu Centro Histórico.

Às vezes parece longe, difícil, este deslocamento pela precariedade de nosso transporte coletivo, mas muitos ônibus vêm e param ali nas proximidades.

A depender do dia, é melhor vir de ônibus do que de carro. E também temos lotações que deixam nosso morador no entorno.

Em 3 de outubro deste ano completou seus 153 anos, no ano dos 250 anos da capital.

Chamava-se Praça Paraíso e tornou-se, com o tempo, ponto de comércio ambulante, com quitandas, bancas de peixe entre outros. Houve depois prédios, não passava de um galpão que chamavam de Mercado.

O prédio atual inicialmente não tinha os dois andares. Esta obra foi feita com muita mão de obra escrava, não sendo fortuito o assentamento do Bará (do Mercado) em seu centro, com quatro entradas, formando um cruzamento, com caminhos abertos de ponta a ponta. Quem “assentou” o Bará não se sabe ao certo, mas há fortes indicativos que vem desde sua construção.

O chamado assentamento pode ter sido a colocação de algum objeto ali para marcar o espaço. Na atualidade, há uma marcação no piso, onde são realizadas atividades das religiões de matriz africana.

Lembrando que a cada lado esquerdo das entradas temos uma loja/flora de venda de produtos destes cultos.

São em torno de 120 espaços de comércio em geral, com bancas simples de frutas a restaurantes.

Dos restaurantes, o Gambrinus é o mais antigo da cidade, fundado em 1889, depois vem o Naval que é de 1907, a Banca 40 é de 1927.

O Mercado enfrentou enchentes, como a de 1941, quando as águas tomaram quase todo o nosso Centro.


Fotógrafo não conhecido.


Além das enchentes, o Mercado já enfrentou incêndios, sendo o pior deles em 2013. Nove anos depois, o segundo piso foi novamente entregue à cidade com seus restaurantes, café e outros serviços.


Adeli Sell é bacharel em Direito, consultor, escritor e diretor do Zona Norte Jornal

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